18 Fev A Apollo pretende manter a marca Açoreana
A Apollo pretende manter a marca Açoreana, após a conclusão da operação de integração na Tranquilidade.
Apollo vai manter marca Açoreana. Fusão cria segunda maior seguradora nacional
A Apollo pretende manter a marca Açoreana, após a conclusão da operação de integração na Tranquilidade. Tal como o Económico noticiou, a Açoreana propôs replicar a mesma estratégia de recapitalização, enfoque no cliente, valorização e optimização de recursos que implementou na Tranquilidade, a seguradora que comprou ao Novo Banco no ano passado.
Este processo será levado a cabo de forma concertada com os principais ‘stakeholders’ da Açoreana, como os funcionários, o supervisor, os corretores e os grandes clientes. A prioridade será assegurar a normalidade do funcionamento da Açoreana. A região dos Açores, onde a companhia tem uma importante presença, merecerá forte atenção no âmbito deste processo.
A gestora de fundos americana chegou ontem a um pré-acordo com o supervisor para a compra da seguradora Açoreana. O comunicado divulgado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Pensões (ASF) refere que o negócio prevê a capitalização da seguradora do antigo Banif, mas sem indicar valores. Tal como o Económico noticiou, a Açoreana teve fortes prejuízos em 2015, causados em parte pela resolução do Banif, pelo que o valor a pagar pela Apollo contempla um reforço do capital da seguradora.
O objectivo final da Apollo é integrar a Açoreana na Tranquilidade, mantendo a marca da companhia fundada em 1892. A proposta da Apollo não exclui eventuais rescisões, no processo de fusão, mas a terem lugar será no âmbito de uma estratégia que se assume como de valorização da companhia e não da sua destruição. Recorde-se que, nas últimas semanas, a possibilidade de rescisões tem causado polémica, com o sindicato do sector a exigir a manutenção dos postos de trabalho e o PSD a pedir esclarecimentos sobre a venda, no Parlamento.
Há duas semanas, a Apollo foi seleccionada para iniciar negociações exclusivas para a compra da Açoreana. Além da Apollo, estava na corrida a seguradora portuguesa Caravela, liderada por Diamantino Marques. Existia ainda um terceiro concorrente, o grupo Allianz, que estava interessado apenas na carteira da Açoreana, pelo que só seria chamado às negociações em último recurso. O supervisor pretendia que a venda da Açoreana assegurasse a continuidade da empresa e dos seus postos de trabalho.
Fusão dará origem ao segundo maior ‘player’ nacional
Se a fusão entre a Tranquilidade e a Açoreana avançar, dará origem à segunda maior seguradora no ramo Não-Vida, com prémios anuais na casa dos 600 milhões de euros.
De acordo com os dados disponibilizados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em 2015 a Açoreana foi a quarta maior seguradora neste segmento, tendo registado prémios no valor de 274,56 milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 3,4%.
Já a Tranquilidade, que até à resolução do BES (Agosto de 2014), pertencia ao antigo Grupo Espírito Santo, registou prémios no valor de 320,29 milhões de euros no ano passado, valendo-lhe o terceiro lugar neste mercado. A Apollo adquiriu a Tranquilidade em Janeiro de 2015, comprando-a ao Novo Banco.
A Allianz, com um volume de prémios no valor de 338,92 milhões, ocupa a segunda posição, atrás da Fidelidade, a líder de mercado, com prémios no valor de mil milhões de euros.
A Caravela, uma seguradora criada no ano passado, estava também interessada na Açoreana, cuja aquisição lhe permitiria entrar directamente para a “primeira liga” no sector. Liderada por Diamantino Marques, a Caravela teve prémios no valor de 28 milhões de euros, em 2015, o que lhe vale o 19º lugar no ´ranking’ das seguradoras não-Vida em Portugal.
Fonte: Economico
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