GOVERNO FRANCÊS INDIGNADO COM SALÁRIO DO PRESIDENTE DA PSA
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GOVERNO FRANCÊS INDIGNADO COM SALÁRIO DO PRESIDENTE DA PSA

GOVERNO FRANCÊS INDIGNADO COM SALÁRIO DO PRESIDENTE DA PSA

Carlos Tavares está a gerar uma onda de indignação em França, depois de ter visto o seu salário como presidente da PSA Peugeot Citroën aumentar para a marca dos 5,24 milhões de euros. Valor considerado obsceno, mas “pequeno” face a outros patrões.

Governo e Sindicato franceses unem-se a uma só voz contra o aumento do salário de Carlos Tavares como presidente da PSA Peugeot Citroën, depois de este quase ter duplicado os seus rendimentos, em 2015, para 5,24 milhões de euros.

Quando assumiu a direcção da empresa francesa em 2014, o ex-número dois da Renault tinha um salário de 3,23 milhões de euros, mais dois milhões de euros em acções que só pode movimentar em 2019.

Um aumento que dá qualquer coisa como 14.500 euros por dia, com sábados e domingos incluídos.

O elevado aumento é justificado pelos bons resultados da PSA, que estava em situação moribunda em 2014, altura em que o português chegou à liderança.

O Estado francês, que tem 14% das acções da PSA, teve mesmo que injectar 800 milhões de euros na empresa e opõe-se agora a este aumento salarial de Carlos Tavares.

Do lado do Conselho de Supervisão da PSA, que decretou o aumento, salienta-se a “recuperação espectacular” conseguida pelo português com os objectivos atingidos a 99%, destaca o site LesEchos.fr.

Aquele órgão fala assim da “remuneração da recuperação”, depois de a PSA ter conseguido, em 2015, pela primeira vez em quatro anos, obter lucros após vários anos no “vermelho”.

Muito graças ao plano “Back in the race”, elaborado por Carlos Tavares para a recuperação da empresa, que surtiu efeitos benéficos muito mais rapidamente do que o esperado, destaca o presidente do Conselho de Supervisão da PSA, Louis Gallois, em declarações divulgadas pela Europe1.

No jornal Le Parisien, o responsável destaca que a remuneração de Carlos Tavares “não é nada desproporcionada”, tendo em conta os salários praticados no sector.

Na rival Renault – onde o Estado francês também é accionista com 19,7% das acções -, o presidente franco-brasileiro Carlos Ghosn amealhou 7,2 milhões de euros no ano passado, tendo visto o seu salário de 2,7 milhões de euros disparar em 170%, entre 2013 e 2014, numa altura em que a empresa procedeu à supressão de oito mil postos de trabalho.

Ghosn acumula as funções com a liderança da Nissan, onde ganhou mais oito milhões de euros em 2015.

Feitas as contas, trata-se de um dos patrões mais bem pagos do país, com um salário ao nível da estrela de futebol Zlatan Ibrahimovic no Paris-Saint Germain, destaca o Libération.

Apesar disso, é o “pequeno salário” de Carlos Tavares, conforme refere o Libération, que preocupa o governo francês, com o ministro da Economia, Emmanuel Macron, a notar, numa entrevista ao jornal Le Parisien, que “Carlos Tavares está errado em ignorar a sensibilidade dos franceses neste assunto”.

“A responsabilidade e a ética não se regulam pela lei, mas pelo exemplo que se dá”, disse ainda.

Do lado dos Sindicatos, lembra-se que os bons resultados são também mérito dos trabalhadores que foram aumentados em apenas oito euros líquidos por mês, em 2015.

Nem o facto de Carlos Tavares ter anunciado um prémio de dois mil euros (o salário mensal médio praticado na empresa) a todos os trabalhadores da PSA, a título de gratificação pelos bons resultados, os deixa mais satisfeitos.

Fonte da notícia: http://zap.aeiou.pt/portugues-que-ganha-14-mil-euros-por-dia-provoca-onda-de-indignacao-em-franca-107161

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